Crenças
Silenciosas
Capítulo 7: Visão vs Percepção
O texto de hoje tem como principal
objetivo dar maior destaque a relação existente entre aquilo que nós vemos e
aquilo que percebemos que realmente é. Trata-se de um texto voltado para a
relação olhos e mente ao olharmos para algo e imaginarmos como é de fato essa
coisa.
Ao se dizer, por exemplo, que o Sol é
maior do que o vemos (o que de fato é), estamos acreditando que nossa percepção
alcança as coisas de modo distinto, aquilo que eu imagino que seja diferente
daquilo que vejo, é de fato o que imaginei (Você sabe que as folhas de um
caderno ou de um livro normalmente são brancas por que você percebe sua cor a
partir de sua visão, o que torna ela de fato, branca). Outras vezes as coisas
que vemos são diferente daquilo que percebemos (o Sol, de fato, é maior do que
o disco dourado que vemos ao horizonte), essa distinção também é dependente
da distância, de nossas condições de visibilidade ou da localização e movimento
do objeto que vemos. Outro exemplo da distinção existente entre aquilo que
vemos e aquilo que percebemos em uma relação visão (ver)-mente (perceber) é que
um avião ou um helicóptero é, na realidade, bem maior do que aquele objeto que
vemos voar nos céus e que suas dimensões dependem da distância que o observador
toma para sua visão, quanto mais longe da aeronave menor o tamanho que você a
vê, quanto mais perto da aeronave maior o tamanho que você a vê (seja quando a
aeronave esteja perto de você como observador ou você esteja perto da
aeronave), mas na sua mente há a percepção que a aeronave tem um tamanho único.
Acreditamos que nossa visão pode ver as
coisas diferentemente do que elas são, mas nem por isso diremos que estamos
sonhando ou que ficamos malucos.
Acreditamos, assim, que vemos as coisas
nos lugares em que elas estão ou do lugar em que estamos e que a sua percepção
visual varia conforme elas estejam próximas ou distantes de nós. Isso significa
que acreditamos que elas e nós ocupamos lugares no espaço e, portanto, cremos
que este existe, pode ser diferenciado (perto, longe, alto, baixo) e medido
(comprimento, largura, altura).
Vemos que o sol nasce a leste e se põe a
oeste, que sua presença é o dia e sua ausência é à noite. Nossos olhos nos
fazem acreditar que o sol se move à volta da terra e que este permanece imóvel.
Quando, durante muitas noites seguidas, acompanhamos a posição das estrelas no
céu, vemos que elas mudam de lugar e acreditamos que se movem à nossa volta,
enquanto a terra permanece na imobilidade. No entanto, a astronomia demonstra
que não é isso que acontece. A terra é um planeta num sistema cuja estrela
central se chama sol, ou seja, a terra é um planeta do sistema solar e ela,
juntamente com outros planetas, é que se move à volta do sol, num movimento de
translação. Além desse movimento, ela ainda realiza um outro, o de rotação em
torno de seu eixo invisível. O movimento de translação explica a existência do
ano e o de rotação explica a existência do dia e da noite. Assim, há uma
contradição entre nossa crença na imobilidade da terra e a informação
astronômica sobre os movimentos terrestres. O que se pode concluir com isso? Temos a
percepção do sol e das estrelas em movimento à volta da terra imóvel, mas a
astronomia (especialidade neste caso) nos ensina o contrário.
J.R. Michel Monteiro Domingo, 06 de Julho de 2014 Blogger
Capítulo 1: Introdução a crenças
Capítulo 2: Crenças Silenciosas: Tempo vs Espaço
Capítulo 3: Crenças Silenciosas: Realidade vs Sonho
Capítulo 4: Crenças Silenciosas: Razão vs Loucura
Capítulo 5: Crenças Silenciosas: Qualidade vs Quantidade
Capítulo 6: Crenças Silenciosas: Causa vs Efeito
Capítulo 7: Crenças Silenciosas: Visão vs Percepção
Capítulo 8: Próximo domingo 13/07/2014
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