Crenças Silenciosas
Capítulo 10: Sociedade vs Necessidade de Semelhança
Ao dizermos que alguém é "legal" porque tem os mesmos gostos, as mesmas idéias, respeita ou despreza as mesmas coisas que nós e tem atitudes, hábitos e costumes muito parecidos com os nossos, estamos, silenciosamente, acreditando que a vida com as outras pessoas (família, amigos, escola, trabalho, sociedade) nos faz semelhantes ou diferentes em decorrência de normas e valores morais, políticos, religiosos e artísticos, regras de conduta, finalidades de vida.
Achamos óbvio que todos os seres humanos seguem regras e normas de conduta, possuem valores morais, religiosos, políticos, artísticos, vivem na companhia de seus semelhantes e procuram distanciar-se dos diferentes dos quais discordam e com quais entram em conflito. Isso significa que acreditamos que somos seres sociais, morais e racionais, pois regras, normas, valores, finalidades só podem ser estabelecidos por seres conscientes e dotados de raciocínio.
Com isso, cremos na existência da vontade e da liberdade e por isso cremos na existência do bem e do mal, crença que nos faz aceitar como perfeitamente natural a existência da moral e da religião. Somos seres que naturalmente precisam de seus semelhantes e por isso tomamos como um fato óbvio e inquestionável a existência da sociedade com suas regras, normas, permissões e proibições. Haver sociedade é, para nós, tão natural como haver sol, lua, dia, noite, chuva, rios, mares, céus e florestas.
J.R. Michel Monteiro Domingo, 27 de Julho de 2014 Blogger
Capítulo 1: Introdução a crenças
Capítulo 2: Crenças Silenciosas: Tempo vs Espaço
Capítulo 3: Crenças Silenciosas: Realidade vs Sonho
Capítulo 4: Crenças Silenciosas: Razão vs Loucura
Capítulo 5: Crenças Silenciosas: Qualidade vs Quantidade
Capítulo 6: Crenças Silenciosas: Causa vs Efeito
Capítulo 7: Crenças Silenciosas: Visão vs Percepção
Capítulo 8: Crenças Silenciosas: Verdade vs Mentira
Capítulo 9: Crenças Silenciosas: Objetividade vs Subjetividade
Capítulo 10: Crenças Silenciosas: Sociedade vs Necessidade de Semelhança
Capítulo Final: Próximo Domingo 03/07/14
domingo, 27 de julho de 2014
domingo, 20 de julho de 2014
Crenças Silenciosas: Objetividade vs Subjetividade
Crenças Silenciosas
Capitulo 9: Objetividade vs Subjetividade
Na briga, quando uma terceira pessoa pede às outras duas para que digam o que realmente viram ou que sejam "objetivas", ou quando falamos dos namorados como incapazes de ver as coisas como são ou como sendo "muito subjetivos", também temos várias crenças silenciosas. De fato, acreditamos que quando alguém quer defender muito intensamente um ponto de vista, uma preferência, uma opinião e é até capaz de brigar por isso, pode perder a objetividade e deixar-se guiar apenas pelos seus sentimentos e não pela realidade. Da mesma maneira, acreditamos que os apaixonados se tornam incapazes de ver as coisas como são, de ter uma "atitude objetiva", e que sua paixão os faz ficar "muito subjetivos".
Em que acreditamos, então? Acreditamos que ter objetividade é ter uma atitude imparcial que percebe e compreende as coisas tais como são verdadeiramente, enquanto a subjetividade é uma atitude parcial, pessoal, ditada por sentimentos variados (amor, ódio, medo, desejo). Assim, não só acreditamos que a objetividade e a subjetividade existem, como ainda acreditamos que são diferentes, sendo que a primeira percebe perfeitamente a realidade e não a deforma, enquanto a segunda não percebe adequadamente a realidade e, voluntária ou involuntariamente, a deforma.
J.R. Michel Monteiro Domingo, 20 de Julho de 2014 Blogger
Capítulo 1: Introdução a crenças
Capítulo 2: Crenças Silenciosas: Tempo vs Espaço
Capítulo 3: Crenças Silenciosas: Realidade vs Sonho
Capítulo 4: Crenças Silenciosas: Razão vs Loucura
Capítulo 5: Crenças Silenciosas: Qualidade vs Quantidade
Capítulo 6: Crenças Silenciosas: Causa vs Efeito
Capítulo 7: Crenças Silenciosas: Visão vs Percepção
Capítulo 8: Crenças Silenciosas: Verdade vs Mentira
Capítulo 9: Crenças Silenciosas: Objetividade vs Subjetividade
Capítulo 10: Próximo domingo 27/07/2014
Capitulo 9: Objetividade vs Subjetividade
Na briga, quando uma terceira pessoa pede às outras duas para que digam o que realmente viram ou que sejam "objetivas", ou quando falamos dos namorados como incapazes de ver as coisas como são ou como sendo "muito subjetivos", também temos várias crenças silenciosas. De fato, acreditamos que quando alguém quer defender muito intensamente um ponto de vista, uma preferência, uma opinião e é até capaz de brigar por isso, pode perder a objetividade e deixar-se guiar apenas pelos seus sentimentos e não pela realidade. Da mesma maneira, acreditamos que os apaixonados se tornam incapazes de ver as coisas como são, de ter uma "atitude objetiva", e que sua paixão os faz ficar "muito subjetivos".
Em que acreditamos, então? Acreditamos que ter objetividade é ter uma atitude imparcial que percebe e compreende as coisas tais como são verdadeiramente, enquanto a subjetividade é uma atitude parcial, pessoal, ditada por sentimentos variados (amor, ódio, medo, desejo). Assim, não só acreditamos que a objetividade e a subjetividade existem, como ainda acreditamos que são diferentes, sendo que a primeira percebe perfeitamente a realidade e não a deforma, enquanto a segunda não percebe adequadamente a realidade e, voluntária ou involuntariamente, a deforma.
J.R. Michel Monteiro Domingo, 20 de Julho de 2014 Blogger
Capítulo 1: Introdução a crenças
Capítulo 2: Crenças Silenciosas: Tempo vs Espaço
Capítulo 3: Crenças Silenciosas: Realidade vs Sonho
Capítulo 4: Crenças Silenciosas: Razão vs Loucura
Capítulo 5: Crenças Silenciosas: Qualidade vs Quantidade
Capítulo 6: Crenças Silenciosas: Causa vs Efeito
Capítulo 7: Crenças Silenciosas: Visão vs Percepção
Capítulo 8: Crenças Silenciosas: Verdade vs Mentira
Capítulo 9: Crenças Silenciosas: Objetividade vs Subjetividade
Capítulo 10: Próximo domingo 27/07/2014
domingo, 13 de julho de 2014
Crenças Silenciosas: Verdade vs Mentira
Crenças Silenciosas
Capítulo 8: Verdade vs Mentira
Na briga, quando alguém chama o outro de mentiroso porque não estaria dizendo os fatos exatamente como aconteceram, está presente nossa crença de que há diferença entre verdade e mentira. A primeira diz as coisas tais como são, enquanto a segunda faz exatamente o contrário, distorcendo a realidade.
No entanto, a mentira é diferente de outros temas abordados nos capítulos anteriores como o sonho, a loucura e o erro, porque o sonhador, o louco e o que erra se iludem involuntariamente, enquanto o mentiroso decide voluntariamente deformar a realidade e os fatos.
Acreditamos assim que o erro e a mentira são falsidades, mas são diferentes pois somente na mentira há a decisão de falsear.
Ao diferenciarmos erro de mentira, considerando o primeiro uma ilusão ou um engano involuntário e a segunda uma decisão voluntária, manifestamos silenciosamente a crença de que somos seres dotados de vontade e que dela depende dizer a verdade e a mentira.
Ao mesmo tempo, porém, nem sempre avaliamos a mentira como alguma coisa ruim: não gostamos tanto de ler ficção, ver novelas, assistir filmes? E não são mentira? É que também acreditamos que quando alguém nos avisa que está mentindo, a mentira é aceitável; não é uma mentira "no duro", "pra valer".
Quando distinguimos entre verdade e mentira e diferenciamos mentiras inaceitáveis de mentiras aceitáveis, não estamos apenas nos referindo ao conhecimento ou desconhecimento da realidade, mas também ao caráter da pessoa, à sua moral. Acreditamos, portanto, que as pessoas, porque possuem vontade, podem ser morais ou imorais, pois cremos que a vontade é o poder para escolher entre o bem e o mal. E sobretudo acreditamos que exercer tal poder é exercer a liberdade, pois acreditamos que somos livres porque escolhemos voluntariamente nossas ações, nossas idéias, nossos sentimentos.
J.R. Michel Monteiro Domingo, 13 de Julho de 2014 Blogger
Capítulo 1: Introdução a crenças
Capítulo 2: Crenças Silenciosas: Tempo vs Espaço
Capítulo 3: Crenças Silenciosas: Realidade vs Sonho
Capitulo 4: Crenças Silenciosas: Razão vs Loucura
Capítulo 5: Crenças Silenciosas: Qualidade vs Quantidade
Capítulo 6: Crenças Silenciosas: Causa vs Efeito
Capítulo 7: Crenças Silenciosas: Visão vs Percepção
Capítulo 8: Crenças Silenciosas: Verdade vs Mentira
Capítulo 9: Próximo domingo 20/07/14
Capítulo 8: Verdade vs Mentira
Na briga, quando alguém chama o outro de mentiroso porque não estaria dizendo os fatos exatamente como aconteceram, está presente nossa crença de que há diferença entre verdade e mentira. A primeira diz as coisas tais como são, enquanto a segunda faz exatamente o contrário, distorcendo a realidade.
No entanto, a mentira é diferente de outros temas abordados nos capítulos anteriores como o sonho, a loucura e o erro, porque o sonhador, o louco e o que erra se iludem involuntariamente, enquanto o mentiroso decide voluntariamente deformar a realidade e os fatos.
Acreditamos assim que o erro e a mentira são falsidades, mas são diferentes pois somente na mentira há a decisão de falsear.
Ao diferenciarmos erro de mentira, considerando o primeiro uma ilusão ou um engano involuntário e a segunda uma decisão voluntária, manifestamos silenciosamente a crença de que somos seres dotados de vontade e que dela depende dizer a verdade e a mentira.
Ao mesmo tempo, porém, nem sempre avaliamos a mentira como alguma coisa ruim: não gostamos tanto de ler ficção, ver novelas, assistir filmes? E não são mentira? É que também acreditamos que quando alguém nos avisa que está mentindo, a mentira é aceitável; não é uma mentira "no duro", "pra valer".
Quando distinguimos entre verdade e mentira e diferenciamos mentiras inaceitáveis de mentiras aceitáveis, não estamos apenas nos referindo ao conhecimento ou desconhecimento da realidade, mas também ao caráter da pessoa, à sua moral. Acreditamos, portanto, que as pessoas, porque possuem vontade, podem ser morais ou imorais, pois cremos que a vontade é o poder para escolher entre o bem e o mal. E sobretudo acreditamos que exercer tal poder é exercer a liberdade, pois acreditamos que somos livres porque escolhemos voluntariamente nossas ações, nossas idéias, nossos sentimentos.
J.R. Michel Monteiro Domingo, 13 de Julho de 2014 Blogger
Capítulo 1: Introdução a crenças
Capítulo 2: Crenças Silenciosas: Tempo vs Espaço
Capítulo 3: Crenças Silenciosas: Realidade vs Sonho
Capitulo 4: Crenças Silenciosas: Razão vs Loucura
Capítulo 5: Crenças Silenciosas: Qualidade vs Quantidade
Capítulo 6: Crenças Silenciosas: Causa vs Efeito
Capítulo 7: Crenças Silenciosas: Visão vs Percepção
Capítulo 8: Crenças Silenciosas: Verdade vs Mentira
Capítulo 9: Próximo domingo 20/07/14
domingo, 6 de julho de 2014
Crenças Silenciosas: Visão vs Percepção
Crenças
Silenciosas
Capítulo 7: Visão vs Percepção
O texto de hoje tem como principal
objetivo dar maior destaque a relação existente entre aquilo que nós vemos e
aquilo que percebemos que realmente é. Trata-se de um texto voltado para a
relação olhos e mente ao olharmos para algo e imaginarmos como é de fato essa
coisa.
Ao se dizer, por exemplo, que o Sol é
maior do que o vemos (o que de fato é), estamos acreditando que nossa percepção
alcança as coisas de modo distinto, aquilo que eu imagino que seja diferente
daquilo que vejo, é de fato o que imaginei (Você sabe que as folhas de um
caderno ou de um livro normalmente são brancas por que você percebe sua cor a
partir de sua visão, o que torna ela de fato, branca). Outras vezes as coisas
que vemos são diferente daquilo que percebemos (o Sol, de fato, é maior do que
o disco dourado que vemos ao horizonte), essa distinção também é dependente
da distância, de nossas condições de visibilidade ou da localização e movimento
do objeto que vemos. Outro exemplo da distinção existente entre aquilo que
vemos e aquilo que percebemos em uma relação visão (ver)-mente (perceber) é que
um avião ou um helicóptero é, na realidade, bem maior do que aquele objeto que
vemos voar nos céus e que suas dimensões dependem da distância que o observador
toma para sua visão, quanto mais longe da aeronave menor o tamanho que você a
vê, quanto mais perto da aeronave maior o tamanho que você a vê (seja quando a
aeronave esteja perto de você como observador ou você esteja perto da
aeronave), mas na sua mente há a percepção que a aeronave tem um tamanho único.
Acreditamos que nossa visão pode ver as
coisas diferentemente do que elas são, mas nem por isso diremos que estamos
sonhando ou que ficamos malucos.
Acreditamos, assim, que vemos as coisas
nos lugares em que elas estão ou do lugar em que estamos e que a sua percepção
visual varia conforme elas estejam próximas ou distantes de nós. Isso significa
que acreditamos que elas e nós ocupamos lugares no espaço e, portanto, cremos
que este existe, pode ser diferenciado (perto, longe, alto, baixo) e medido
(comprimento, largura, altura).
Vemos que o sol nasce a leste e se põe a
oeste, que sua presença é o dia e sua ausência é à noite. Nossos olhos nos
fazem acreditar que o sol se move à volta da terra e que este permanece imóvel.
Quando, durante muitas noites seguidas, acompanhamos a posição das estrelas no
céu, vemos que elas mudam de lugar e acreditamos que se movem à nossa volta,
enquanto a terra permanece na imobilidade. No entanto, a astronomia demonstra
que não é isso que acontece. A terra é um planeta num sistema cuja estrela
central se chama sol, ou seja, a terra é um planeta do sistema solar e ela,
juntamente com outros planetas, é que se move à volta do sol, num movimento de
translação. Além desse movimento, ela ainda realiza um outro, o de rotação em
torno de seu eixo invisível. O movimento de translação explica a existência do
ano e o de rotação explica a existência do dia e da noite. Assim, há uma
contradição entre nossa crença na imobilidade da terra e a informação
astronômica sobre os movimentos terrestres. O que se pode concluir com isso? Temos a
percepção do sol e das estrelas em movimento à volta da terra imóvel, mas a
astronomia (especialidade neste caso) nos ensina o contrário.
J.R. Michel Monteiro Domingo, 06 de Julho de 2014 Blogger
Capítulo 1: Introdução a crenças
Capítulo 2: Crenças Silenciosas: Tempo vs Espaço
Capítulo 3: Crenças Silenciosas: Realidade vs Sonho
Capítulo 4: Crenças Silenciosas: Razão vs Loucura
Capítulo 5: Crenças Silenciosas: Qualidade vs Quantidade
Capítulo 6: Crenças Silenciosas: Causa vs Efeito
Capítulo 7: Crenças Silenciosas: Visão vs Percepção
Capítulo 8: Próximo domingo 13/07/2014
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