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domingo, 27 de julho de 2014

Crenças Silenciosas: Sociedade vs Necessidade de Semelhança

Crenças Silenciosas



Capítulo 10: Sociedade vs Necessidade de Semelhança


Ao dizermos que alguém é "legal" porque tem os mesmos gostos, as mesmas idéias, respeita ou despreza as mesmas coisas que nós e tem atitudes, hábitos e costumes muito parecidos com os nossos, estamos, silenciosamente, acreditando que a vida com as outras pessoas (família, amigos, escola, trabalho, sociedade) nos faz semelhantes ou diferentes em decorrência de normas e valores morais, políticos, religiosos e artísticos, regras de conduta, finalidades de vida.
Achamos óbvio que todos os seres humanos seguem regras e normas de conduta, possuem valores morais, religiosos, políticos, artísticos, vivem na companhia de seus semelhantes e procuram distanciar-se dos diferentes dos quais discordam e com quais entram em conflito. Isso significa que acreditamos que somos seres sociais, morais e racionais, pois regras, normas, valores, finalidades só podem ser estabelecidos por seres conscientes e dotados de raciocínio.
Com isso, cremos na existência da vontade e da liberdade e por isso cremos na existência do bem e do mal, crença que nos faz aceitar como perfeitamente natural a existência da moral e da religião. Somos seres que naturalmente precisam de seus semelhantes e por isso tomamos como um fato óbvio e inquestionável a existência da sociedade com suas regras, normas, permissões e proibições. Haver sociedade é, para nós, tão natural como haver sol, lua, dia, noite, chuva, rios, mares, céus e florestas.




J.R. Michel Monteiro    Domingo, 27 de Julho de 2014         Blogger      







Capítulo 1: Introdução a crenças
Capítulo 2: Crenças Silenciosas: Tempo vs Espaço
Capítulo 3: Crenças Silenciosas: Realidade vs Sonho
Capítulo 4: Crenças Silenciosas: Razão vs Loucura
Capítulo 5: Crenças Silenciosas: Qualidade vs Quantidade
Capítulo 6: Crenças Silenciosas: Causa vs Efeito
Capítulo 7: Crenças Silenciosas: Visão vs Percepção
Capítulo 8: Crenças Silenciosas: Verdade vs Mentira
Capítulo 9: Crenças Silenciosas: Objetividade vs Subjetividade
Capítulo 10: Crenças Silenciosas: Sociedade vs Necessidade de Semelhança
Capítulo Final: Próximo Domingo 03/07/14

domingo, 20 de julho de 2014

Crenças Silenciosas: Objetividade vs Subjetividade

Crenças Silenciosas

Capitulo 9: Objetividade vs Subjetividade


Na briga, quando uma terceira pessoa pede às outras duas para que digam o que realmente viram ou que sejam "objetivas", ou quando falamos dos namorados como incapazes de ver as coisas como são ou como sendo "muito subjetivos", também temos várias crenças silenciosas. De fato, acreditamos que quando alguém quer defender muito intensamente um ponto de vista, uma preferência, uma opinião e é até capaz de brigar por isso, pode perder a objetividade e deixar-se guiar apenas pelos seus sentimentos e não pela realidade. Da mesma maneira, acreditamos que os apaixonados se tornam incapazes de ver as coisas como são, de ter uma "atitude objetiva", e que sua paixão os faz ficar "muito subjetivos".
Em que acreditamos, então? Acreditamos que ter objetividade é ter uma atitude imparcial que percebe e compreende as coisas tais como são verdadeiramente, enquanto a subjetividade é uma atitude parcial, pessoal, ditada por sentimentos variados (amor, ódio, medo, desejo). Assim, não só acreditamos que a objetividade e a subjetividade existem, como ainda acreditamos que são diferentes, sendo que a primeira percebe perfeitamente a realidade e não a deforma, enquanto a segunda não percebe adequadamente a realidade e, voluntária ou involuntariamente, a deforma.



J.R. Michel Monteiro     Domingo, 20 de Julho de 2014       Blogger






Capítulo 1: Introdução a crenças
Capítulo 2: Crenças Silenciosas: Tempo vs Espaço
Capítulo 3: Crenças Silenciosas: Realidade vs Sonho
Capítulo 4: Crenças Silenciosas: Razão vs Loucura
Capítulo 5: Crenças Silenciosas: Qualidade vs Quantidade
Capítulo 6: Crenças Silenciosas: Causa vs Efeito
Capítulo 7: Crenças Silenciosas: Visão vs Percepção
Capítulo 8: Crenças Silenciosas: Verdade vs Mentira
Capítulo 9: Crenças Silenciosas: Objetividade vs Subjetividade
Capítulo 10: Próximo domingo 27/07/2014

domingo, 13 de julho de 2014

Crenças Silenciosas: Verdade vs Mentira

Crenças Silenciosas

Capítulo 8: Verdade vs Mentira


Na briga, quando alguém chama o outro de mentiroso porque não estaria dizendo os fatos exatamente como aconteceram, está presente nossa crença de que há diferença entre verdade e mentira. A primeira diz as coisas tais como são, enquanto a segunda faz exatamente o contrário, distorcendo a realidade.
No entanto, a mentira é diferente de outros temas abordados nos capítulos anteriores como o sonho, a loucura e o erro, porque o sonhador, o louco e o que erra se iludem involuntariamente, enquanto o mentiroso decide voluntariamente deformar a realidade e os fatos.
Acreditamos assim que o erro e a mentira são falsidades, mas são diferentes pois somente na mentira há a decisão de falsear.
Ao diferenciarmos erro de mentira, considerando o primeiro uma ilusão ou um engano involuntário e a segunda uma decisão voluntária, manifestamos silenciosamente a crença de que somos seres dotados de vontade e que dela depende dizer a verdade e a mentira.
Ao mesmo tempo, porém, nem sempre avaliamos a mentira como alguma coisa ruim: não gostamos tanto de ler ficção, ver novelas, assistir filmes? E não são mentira? É que também acreditamos que quando alguém nos avisa que está mentindo, a mentira é aceitável; não é uma mentira "no duro", "pra valer".
Quando distinguimos entre verdade e mentira e diferenciamos mentiras inaceitáveis de mentiras aceitáveis, não estamos apenas nos referindo ao conhecimento ou desconhecimento da realidade, mas também ao caráter da pessoa, à sua moral. Acreditamos, portanto,  que as pessoas, porque possuem vontade, podem ser morais ou imorais, pois cremos que a vontade é o poder para escolher entre o bem e o mal. E sobretudo acreditamos que exercer tal poder é exercer a liberdade, pois acreditamos que somos livres porque escolhemos voluntariamente nossas ações, nossas idéias, nossos sentimentos.


J.R. Michel Monteiro        Domingo, 13 de Julho de 2014       Blogger







Capítulo 1: Introdução a crenças
Capítulo 2: Crenças Silenciosas: Tempo vs Espaço
Capítulo 3: Crenças Silenciosas: Realidade vs Sonho
Capitulo 4: Crenças Silenciosas: Razão vs Loucura
Capítulo 5: Crenças Silenciosas: Qualidade vs Quantidade
Capítulo 6: Crenças Silenciosas: Causa vs Efeito
Capítulo 7: Crenças Silenciosas: Visão vs Percepção
Capítulo 8: Crenças Silenciosas: Verdade vs Mentira
Capítulo 9: Próximo domingo 20/07/14

domingo, 6 de julho de 2014

Crenças Silenciosas: Visão vs Percepção

Crenças Silenciosas

Capítulo 7: Visão vs Percepção

O texto de hoje tem como principal objetivo dar maior destaque a relação existente entre aquilo que nós vemos e aquilo que percebemos que realmente é. Trata-se de um texto voltado para a relação olhos e mente ao olharmos para algo e imaginarmos como é de fato essa coisa. 
Ao se dizer, por exemplo, que o Sol é maior do que o vemos (o que de fato é), estamos acreditando que nossa percepção alcança as coisas de modo distinto, aquilo que eu imagino que seja diferente daquilo que vejo, é de fato o que imaginei (Você sabe que as folhas de um caderno ou de um livro normalmente são brancas por que você percebe sua cor a partir de sua visão, o que torna ela de fato, branca). Outras vezes as coisas que vemos são diferente daquilo que percebemos (o Sol, de fato, é maior do que o disco dourado que vemos ao horizonte), essa distinção também é dependente da distância, de nossas condições de visibilidade ou da localização e movimento do objeto que vemos. Outro exemplo da distinção existente entre aquilo que vemos e aquilo que percebemos em uma relação visão (ver)-mente (perceber) é que um avião ou um helicóptero é, na realidade, bem maior do que aquele objeto que vemos voar nos céus e que suas dimensões dependem da distância que o observador toma para sua visão, quanto mais longe da aeronave menor o tamanho que você a vê, quanto mais perto da aeronave maior o tamanho que você a vê (seja quando a aeronave esteja perto de você como observador ou você esteja perto da aeronave), mas na sua mente há a percepção que a aeronave tem um tamanho único.
Acreditamos que nossa visão pode ver as coisas diferentemente do que elas são, mas nem por isso diremos que estamos sonhando ou que ficamos malucos.
Acreditamos, assim, que vemos as coisas nos lugares em que elas estão ou do lugar em que estamos e que a sua percepção visual varia conforme elas estejam próximas ou distantes de nós. Isso significa que acreditamos que elas e nós ocupamos lugares no espaço e, portanto, cremos que este existe, pode ser diferenciado (perto, longe, alto, baixo) e medido (comprimento, largura, altura).
Vemos que o sol nasce a leste e se põe a oeste, que sua presença é o dia e sua ausência é à noite. Nossos olhos nos fazem acreditar que o sol se move à volta da terra e que este permanece imóvel. Quando, durante muitas noites seguidas, acompanhamos a posição das estrelas no céu, vemos que elas mudam de lugar e acreditamos que se movem à nossa volta, enquanto a terra permanece na imobilidade. No entanto, a astronomia demonstra que não é isso que acontece. A terra é um planeta num sistema cuja estrela central se chama sol, ou seja, a terra é um planeta do sistema solar e ela, juntamente com outros planetas, é que se move à volta do sol, num movimento de translação. Além desse movimento, ela ainda realiza um outro, o de rotação em torno de seu eixo invisível. O movimento de translação explica a existência do ano e o de rotação explica a existência do dia e da noite. Assim, há uma contradição entre nossa crença na imobilidade da terra e a informação astronômica sobre os movimentos terrestres. O que se pode concluir com isso? Temos a percepção do sol e das estrelas em movimento à volta da terra imóvel, mas a astronomia (especialidade neste caso) nos ensina o contrário.


J.R. Michel Monteiro                        Domingo, 06 de Julho de 2014                                         Blogger




Capítulo 1: Introdução a crenças
Capítulo 2: Crenças Silenciosas: Tempo vs Espaço
Capítulo 3: Crenças Silenciosas: Realidade vs Sonho
Capítulo 4: Crenças Silenciosas: Razão vs Loucura
Capítulo 5: Crenças Silenciosas: Qualidade vs Quantidade
Capítulo 6: Crenças Silenciosas: Causa vs Efeito
Capítulo 7: Crenças Silenciosas: Visão vs Percepção
Capítulo 8: Próximo domingo 13/07/2014